(Quinquagésima
Comunicação)
Chegou a hora de se fazer um retrospecto de fatos que
nos levaram a assumir compromissos com uma realidade mística. Não é fácil
tratar de assuntos com os quais não nos sentíamos preparados, que em nada se
relacionavam com a vida que então levávamos. Talvez por isso não consiga deixar
de insistir em relatos já tratados neste Blog, uma alternativa que encontrei
para que fatos incomuns não se perdessem nas brumas do tempo. Tal iniciativa
deu-me a oportunidade de relatar uma história com alguns detalhes, para que não
deixasse qualquer resquício de dúvida. Isto é o que fica claro devido às
coincidências que venho presenciando. O difícil é levar a sério o que deve ser
levado a sério. Seria mais fácil acomodar-se aos nossos interesses. Estas
palavras são duras, mas flexíveis.
O tempo passou e chegamos a uma encruzilhada de
decisões.
Sempre considerei absurda a tarefa missionária de
escrever livros que se destinariam a um tempo de transformações profundas, sob
o impacto de acontecimentos que fugiriam à lógica da política ou das praxes
republicanas. Por que logo eu, que jamais me julguei apto ao enfrentamento de
tarefa tão ousada, seria o indicado, ou o escolhido? Até parece um roteiro de
filme de ficção. Mas a realidade vivenciada foi aos poucos se desnudando,
burilando aquela personalidade rebelde impregnada de descrença. Ao criar este
Blog já sabia que estaria falando para algumas pessoas que saberiam
perfeitamente do que se tratava. Mas, também, sabia que outras tantas
duvidariam, por estarem diante de fatos reais, submetidos a rigorosos
planejamentos, mas vistos numa dimensão mística, portanto, entre o abstrato e o
concreto. Seja como for, não tive outra escolha, a não ser abraçar de corpo e
alma uma incrível tarefa missionária. E não me arrependo das decisões
tomadas.
Os empecilhos são tantos que, muitas vezes, cheguei a
desanimar. Aqui é que entra o absurdo da misticidade. Sinto-me impelido a
continuar, sob pena de arcar com a responsabilidade do fracasso, o que seria o
fim da picada. Mas o que estamos presenciando na atualidade confirmaria as
previsões. Assim, tornou-se imperativo tomar uma decisão, uma imposição contida
em várias recomendações sobre o momento próprio para agir, isto é, divulgar o
produto das precognições há mais de trinta anos anunciadas, com acompanhamento
durante anos do que viria (ou poderia) ocorrer. Tudo devidamente registrado em
livros. Não escrevo como um meio de passar o tempo, mas de expor assuntos
sérios comprometidos com uma tarefa missionária que deveria dar cumprimento.
Isso é uma longa e sofrida história.
Durante esta jornada tenho sido acossado com tormentas
probatórias quanto à saúde e vários fatos extraordinários e inexplicáveis. Para
se evitar que caíssem no esquecimento passei a relatá-los em livros, o que não
deixa de ser também outra extravagância não explicada.
Do acima exposto confesso que, aos poucos, passei a me
adaptar aos percalços a que era submetido. Já agora me vejo mais adaptado a uma
realidade da qual não me sinto no direito de falhar. Mesmo contrariando
circunstâncias que naturalmente se opõem aos desejos, sinto-me tocado por uma
vontade submetida a uma intuição que atua além da consciência. Isso não se
descreve: vivencia-se.
Esta é a razão que nos levaram a entrar em recesso
durante o mês de janeiro: refletir sobre uma realidade que muito me tem perturbado,
pois os aludidos livros não se referem a medidas atreladas à teoria, mas têm cunho
estritamente prático, destinado a um tempo de profundas transformações, no
Brasil e no mundo, num período de conturbações fora de controle, em todos os
sentidos. Daí a impossibilidade de tentar uma atualização do que ali se
encontra. Os livros foram escritos para um tempo futuro e não para aquela
época.
Os três livros que compõem a coletânea “Mosaicos da Sociedade Brasileira”, escritos
na década de 1980 para um futuro incerto quanto a data, mas com acontecimentos
explícitos, não se trata de obra literária, mas uma sequência, muitas vezes
desordenada, de narrativas que descreve o óbvio, um meio termo entre a teoria e
a prática, mas com sugestões que primam pela precisão e simplicidade. Por isso
e outros motivos que não vêm ao caso, não senti capaz de fazer alterações nos
livros para atualizá-los aos dias atuais, mesmo porque foram escritos para um
futuro incerto.
Por fim, uma constatação.
O que a mim cabia fazer, muitas vezes enfrentando
deficiências emocionais, culturais e até mesmo problemas de saúde, afirmo
categoricamente: fiz e continuo fazendo. Não fugi da luta. No atual estágio,
apesar de sentir-me “um ninguém” para o desempenho de tão grande tarefa, no
limite extremo de minhas ínfimas possibilidades, tenho tentado divulgar o que
me foi imposto como tarefa missionária, cuja resultante, os três livros Mosaicos da Sociedade Brasileira, prontos
para publicação desde o ano de 1990, quando fiquei proibido de publicá-los até
segunda ordem. Isso pode ser certificado nas comunicações 8 e 9 - (mês de abril
de 2013).
O ano já iniciou a sua caminhada de trezentos e
sessenta e cinco dias de intensa atividade: carnaval, campeonatos estaduais de
futebol, copa do mundo, eleições, e outras atividades que fazem parte do
calendário. Vem o fim do ano e novamente as comemorações e festas de fim e
início de anos. Além, é claro, pelo calendário comemorativo das várias
religiões e festividades cívicas, além daquelas puramente destinadas ao lazer.
Cadê o tempo de se pensar no futuro do País e coisas que, aparentemente, nada
têm a ver com nossas vidas, já entulhadas de compromissos? Só damos conta dos
efeitos maléficos que rondam por aí, quando somos ameaçados ou sofremos o peso
das desgraças, sempre anunciadas.
Por fim, um alerta: a tecnologia, nos mais variados
setores, ao mesmo tempo em que aproximou os povos virtualmente, vem dificultando
a prática do convívio familiar, elo que fortalece o humanismo, o único caminho
que nos leva à fraternidade. E há muitas razões para assim pensarmos. O sonho
da geração que floresce para o futuro, não pode se perder no emaranhado dos
absurdos que as gerações passadas estão prestes a deixar. É preciso ação. Veja
este texto, transcrito do Correio Braziliense de 31 de outubro de 2013. “A
frase que foi pronunciada.” (Página Opinião).
“Temo pelo dia
em que a tecnologia supere a nossa humanidade. O mundo terá uma geração de
idiotas.” (Albert Einstein).
Não é isso que desejamos para os nossos descendentes.
Temos que agir enquanto é tempo. Ou não?
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