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Realidade e Misticidade-3

                                                                                   60ª Comunicação
Venho anunciando neste Blog há algum tempo, o envolvimento numa tarefa missionária que deveria realizar: escrever uns livros para o País em data não especificada, mas com acontecimentos explícitos. Infelizmente não encontrei outra saída a não ser insistir à exaustão em fatos que sempre os considerei de interesse público, por referir-se ao futuro do País. Não fossem as coincidências que venho anotando e registrando em livros, não teria a ousadia em prosseguir numa tarefa missionária tão espinhosa. Pelo que tenho passado e tomado conhecimento, o assunto é serio demais para permanecer guardado a “sete chaves”, contrariando uma realidade que a cada dia se torna mais transparente. Nem tampouco deixar que permanecessem como letras mortas. Por isso tento ressuscitá-las.
Paremos por aqui, pois a inversão de valores determinaria a revisão de conceitos. Aí, sim, já estaríamos atingindo o período do pós-caos. Mas a história da humanidade é o registro dos grandes acontecimentos, compreendidos em ciclos de civilizações que se sucedem no tempo, que não teve começo e nem terá fim.
Se a esta situação desconfortável fui conduzido não pode ter sido à toa, ou por mera coincidência. Como tenho deixado claro, e disso não me arrependo, são os motivos que me conduziram até aqui. Poderia, se quisesse, ter tomado outro rumo e seguir na contramão da vida. Aí, sim, estaria sujeito a tormentas severas, até que surgissem novas oportunidades. Mas isso não aconteceu. Fui impelido a ver os acontecimentos com naturalidade. Como disse, tenho por hábito anotar as previsões anunciadas, registrando-as em livros. E isso me tem custado caro, tanto financeira como em reiteradas decepções. É o tributo da vida. Mas a recompensa pelo dever cumprido compensa qualquer sacrifício. Assim, sigo em frente. 
Diante de tantos fatos inomináveis que contrariam a natureza humana, deduz-se que estamos chegando  ao fundo do poço. Nada mais causa impacto, pois nos tornamos insensíveis aos abalos provocados pela insanidade que tudo destrói.
No presente artigo não pretendia discorrer diretamente sobre o que se passa nos dias atuais. Os meios midiáticos não deixam espaço para amadorismo. Apenas quero lembrar que no dia 20 de maio, São Paulo viveu mais um dia de violência e demonstração de rebeldia dos rodoviários. Assim como no Rio de Janeiro, divergindo da direção do sindicato da classe, motoristas e cobradores de ônibus entraram em greve. Resultado: cinco ônibus queimados e os maiores congestionamentos de todos os tempos: um verdadeiro caos, com aproximadamente 230 mil passageiros prejudicados. Os professores da rede municipal, em greve, bloquearam ruas do centro da cidade. Por falar em rebeldia, agentes da Polícia Civil pararam por 24 horas no dia 21, pelo menos em 13 estados da federação, com apoio ostensivo das Polícias, Militar, Federal e Rodoviária, num nítido desafio aos interlocutores do governo. Em Mato Grosso 59 pessoas, fato já de rotina, foram presas por estarem envolvidas em crimes de lavagem de dinheiro contra o sistema financeiro e administração pública.  Entre eles, um deputado estadual e um ex- secretário da Fazenda. A violência continua sem dar tréguas. Fatos inéditos se repetem a cada dia. Até quando?
Vivemos uma época perigosa, quando é visível o aniquilamento dos valores morais. É triste constatar que este fato não é mais levado em consideração na escolha dos representantes do povo, uma prática que deixou de ser confiável dada a superioridade dos motivos contrários aos interesses da nação. Mas isso fica para outra ocasião. A misticidade acompanha os passos firmes da realidade. De mãos dadas.

Misticidade: Dando continuidade ao artigo anterior, aqui tem início uma nova etapa do que me vem ocorrendo há tanto tempo. Conforme anunciara “Tia Neiva”, surge o orientador por ela previsto. As circunstâncias, como sempre, foram imprevistas, conforme as transcrições que se seguem: 
“No ano de 1984, por indicação de um amigo, fui a uma clínica de medicina oriental à procura de tratamento da tal “cãibra dos escrivães”, que se acentuava em certos períodos. Àquela altura já havia passado por vários tratamentos e nada de uma cura definitiva. Fiz tratamento por mais de um ano na Clínica Mens Sana, do Frei Albino, além de ter freqüentado dois cursos de parapsicologia. Tudo em vão. Portanto, estava ali a minha tábua de salvação.
            Logo no primeiro dia fui surpreendido pelo Sr.Onarildo, que me chamou pelo nome, sem que jamais o tivesse visto. No segundo dia ficamos a sós em uma sala, enquanto dezenas de pessoas se acotovelavam em um corredor, aguardando a chamada para o atendimento. Postos um em frente do outro, ele relatou-me detalhes inéditos da sua vida para, afinal, concluir: “eu sou um missionário de cura e você, também é missionário.” Então se referiu aos tais livros, dando detalhes que eu mesmo ignorava. Disse-me que na hora exata de publicá-lo(s) ele me comunicaria. Disse-me, ainda, que continuaria a orientar-me no cumprimento da missão. Perguntei-lhe, então — talvez para minimizar a dúvida com que me encontrava —, o que seria aproveitado daqueles livros, como ideias, para o País. Ao que ele respondeu laconicamente: “Tudo”. (6ª comunicação, março de 2013).
E assim venho tocando o meu barco, num rio cheio de corredeiras e muitos obstáculos a serem transpostos. O que aconteceu desde então é uma sequência de fatos de toda ordem, sempre conectados a uma tarefa missionária emblemática, que aos poucos vai se desnudando. Voltamos aos textos:

“Correram os anos e chegamos em 1987. Os originais dos livros já estavam a quase quatro anos na Verano editora. De repente, sem aviso prévio, uma ordem inopinada do Sr Onarildo: O primeiro “Mosaico” deveria ser publicado dentro de uns quinze dias. Liguei para o Sr Alarico, proprietário da Editora, sobre a possibilidade de publicá-lo em tão exíguo espaço de tempo, ao que me respondeu ser tecnicamente impossível. Foi feito, no entanto, o orçamento e, por falta de tempo não passou por uma revisão profissional. Eu mesmo lera os originais na “boneca”, com pouca preocupação em descobrir erros. Resultado: o livro foi publicado em tempo exíguo e, como não poderia deixar de ser, com uma infinidade de erros. De uma tiragem de dois mil livros foram vendidos uns seiscentos. Dadas as críticas freqüentes sobre erros, sem a devida apreciação do conteúdo, os livros foram recolhidos das livrarias. Aliás, eu fora avisado pelo Sr Onarildo de que deveria estar preparado para as críticas, pois estas viriam em grande quantidade. Hoje, decorridos mais de vinte e cinco anos, sou capaz de compreender o “porquê” daquela precipitação. As ideias básicas estão ali plantadas. Era preciso dar o primeiro passo. Os erros e falhas editoriais seriam corrigidos numa outra edição. Além do mais, era preciso plantar uma semente e o tempo do plantio era aquele. Trata-se do livro “Mosaico da Sociedade Brasileira, Problemas Institucionais e Sugestões – Editora Verano, Brasília, 1987.”

No próximo artigo vamos nos referir ao destino, uma fatalidade emblemática, antes de prosseguirmos com o histórico místico.  Até lá. 

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