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Estamos ou não...?

                                               57ª Comunicação         

As manifestações de contestação aos desmandos acumulados não se sabe de quando, apesar de expressivas e temerosas consequências, continuaram sem ser ouvidas. A voz do povo ratifica o que há muito tempo vem sendo apregoado: a necessidade de se rever velhos conceitos e adaptar as instituições às nossas reais demandas, eliminando a tendência sempre presente de ignorar a capacidade de auto-administração de nossa gente, copiando e adaptando aos nossos dispositivos legais teorias que nada têm a ver com a realidade do País. Junte-se a esta realidade negativa, a deplorável tendência de valorizar ideologias que buscam a desunião e fortalecem objetivos contrários a índole de nosso povo. É disso que trataremos na presente comunicação. Apontar algumas verdades que, apesar de incontestáveis, não são levadas a sério. Iremos utilizar a frase “estamos ou não”, evitando-se uma afirmação que possa dar a ideia de imposição de ponto de vista. 
Estamos ou não diante de uma crise de valores, principalmente quanto à moral, ética, honestidade, responsabilidade, senso de julgamento, decência e muitos outros atributos que influem direta e ostensivamente na formação da nacionalidade?
Estamos ou não envoltos numa onda de pessimismo quanto ao futuro, quando só se ouve falar em corrupção, violência, protestos, preconceitos raciais e sociais, estupros, artimanhas para ludibriar a boa fé daqueles considerados inocentes úteis?
Estamos ou não metidos numa camisa de força, obrigados a conviver com a podridão e com o império da mentira que nos cerca de todos os lados, ameaçados e amedrontados pela falta de segurança?
Estamos ou não submetidos à vexaminosos artifícios que desclassificam a honestidade e promovem o desonesto, despertando a desconfiança uns para com os outros, como se todo mundo fosse ladrão, assaltante ou coisa que o valha?
Estamos ou não perplexos ante os absurdos que diariamente se tornam públicos, como os atos de vandalismo, enfrentamento à força pública, ao caos que tomou conta do sistema prisional, enfim, com a criminalidade crescendo em proporção geométrica, enquanto a capacidade de enfrentar o problema se atropela nas operações “tartaruga e padrão”, inadmissíveis num estado de direito?
Estamos ou não diante de um pesadelo quanto à ineficiência dos serviços públicos, um fenômeno de contradições quanto aos gastos orçamentários que, quanto mais se gasta, mais aparecem as deficiências nas atividades essenciais à manutenção da ordem e da harmonia sociais?
 Estamos ou não decepcionados com os poderes da República, que praticam em nome de uma hipotética independência, os mais absurdos atos de desmoralização do princípio de autoridade, hoje uma balela que foge à essência da função intrínseca de um múnus público, o de bem servir à coletividade? 
Estamos ou não sofrendo na pele o inchaço das repartições públicas e o número de funcionários sem funções definidas, uma espécie de cabides de emprego?
Estamos ou não submetidos a um emaranhado de órgãos fiscalizadores, que formam um edifício de vários andares que se superpõem uns aos outros e caem na vala comum da ineficiência, causada pelos atritos de competência: quem fiscaliza quem? Quem tem mais poder? Quem pode mais? 
Estamos ou não imersos num pandemônio de órgãos que só dificultam a obtenção dos legítimos direitos do cidadão que a eles são obrigados a recorrer, privilegiando os meios com atribuições ridículas e desnecessárias, ignorando o fim a que se destinam?    
Estamos ou não movidos por uma burocracia obesa, com excesso de ministérios e órgãos sem objetivos definidos, que mais atrapalham do que contribuem? Não seria isso um péssimo exemplo para os estados, que se sentem incentivados a engrossar o número de secretarias e órgãos desnecessários? Idem para as prefeituras. Aqui cabe uma adenda:
O poder central abarca atividades que inibem a possibilidade dos estados e municípios de exercerem gestões políticas e administrativas restritas aos interesses locais, ficando umbilicalmente ligados à União, dependendo de repasses de verbas e destinações que favorecem a formação de uma casta detentora de privilégios na condução de interesses políticos, ideológicos, e não dos nacionais.
Alguém tem dúvida de que tudo é possível acontecer, até mesmo os mais desvairados propósitos de enxovalhar a história com argumentos que venham enaltecer pessoas que, no passado, tentaram implantar uma ditadura de esquerda através de guerrilhas orientadas e sustentadas por países comunistas?
Estamos ou não mergulhados num mar de esgoto fétido, em que se sobressaem as manobras políticas para desfigurar o cumprimento de penas impostas pela mais alta corte de justiça do País? Da prostituição, hoje vulgarizada, envolvendo a elite da sociedade, políticos e empresários? Da maquiagem de resultados da economia contrariando a inquestionável expressão dos números? Enfim, no mundo do descrédito nas instituições e nas autoridades?
Quais seriam as nossas respostas a essas embaraçosas perguntas? Na certa elas não comportam argumentos evasivos, mas exigem providências práticas e simplificadoras de métodos, não apenas com o fim de enxugar o Estado, mas de dar um rumo ao País a um futuro promissor, partindo da família para formação da nossa legítima nacionalidade, e dos municípios para construção de um novo Estado, próspero e organizado, capaz de promover o bem-estar social, não com medidas paternalistas, mas pelo próprio mérito de seu povo.  Vamos um pouco mais além:
Estamos assistindo a decadência da democracia pela distorção dos princípios que a norteiam, num fantasioso mundo de euforia e ufanismo, exagerados e irresponsáveis, com promessas eivadas de vícios que só aumentam as desigualdades sociais, onde o combate à pobreza por medidas populistas provoca mais miséria, justamente por prender-se aos efeitos e ignorarem as causas que os provocam.
E o futuro? Como encará-lo? O que esperamos pela frente? Que caiam do céu soluções mágicas ou nos emboquemos num beco sem saída, submetidos a experiências de ideologias fracassadas, com péssimos exemplos que só levam ao ódio e a inconsequentes vinganças sem sentido? A hora, portanto, é de congraçamento de ideias. Ideias que abranjam tudo o que aqui foi visto e muito mais.
Nos primeiros artigos deste Blog dei conhecimento de uma missão a que deveria dar cumprimento. Dada a complexidade dos fatos, onde realidade e misticidade andam de mãos dadas, irei esclarecer, nos próximos artigos, o que vem a ser esta incrível realidade mística.

Obs.: Nos próximos artigos faremos um breve comentário do histórico de como tenho me comportado. Se fui incumbido de uma tarefa e nela me empenhei de corpo e alma, não tenho o direito de falhar.

Comentários

  1. Parabéns pelo artigo. Estamos orando para que o Brasil supere esta fase difícil.
    Após a tempestade, há de vir a bonança; mas artigos como o seu ajudam a população, em especial os formadores de opinião, a lutar para que haja uma mudança político-social tranquila e pacífica em nosso país.

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