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Realidade e Misticidade

                                 58ª Comunicação

Este artigo e os próximos passarão a constar de duplo relato: o real e o místico.  Como foi posto no artigo precedente, misticidade e realidade andam de mãos dadas. As coincidências são tantas que senti a necessidade de colocá-las lado a lado.   
Realidade: Na comunicação anterior apresentamos uma série de afirmações em forma de perguntas quanto ao que está acontecendo atualmente, uma realidade fácil de ser apontada, mas difícil de encontrar as causas que as produziram. Trata de uma distorção daquilo que seria justo e desejável. Não deixou de ser uma maneira de apontar falhas no comportamento da sociedade, despertando a consciência de cada um de nós para a necessidade de interromper a escalada de impropriedades que põem em risco as combalidas instituições, abrindo brechas para tentativas de se implantar uma nova ordem comunista global. Seria o Brasil outra Rússia, ou uma Cuba, destinado a servir de cobaia a esta nova ordem? Isto pode ser um exagero, mas ninguém pode imaginar o que se passa na cúpula global de um comunismo que continua muito vivo e age subterraneamente. Entre nós, pelo que assistimos, creio que vale o alerta.
Não era minha intenção comentar neste artigo sobre o que se passa no quotidiano, por se tratar de matéria fartamente divulgada pela mídia. Um fato, porém, fez-me mudar de atitude. Tenho acompanhado, dentro do possível, a escalada de violência que vem causando pânico entre a população, possivelmente desestabilizando o ritmo do mercado e debilitando a força do trabalho. São comuns os transtornos no transporte coletivo, ou transporte de massa, de um modo geral. A interrupção do fluxo de veículos promove turbulências predatórias ao patrimônio público e privado. Os movimentos sociais que reivindicam e exigem medidas administrativas, a maioria de fundo paternalista, com ou sem motivos justos, fazem barricadas e impedem a passagem de veículos, formando filas de quilômetros de paralisações. Os nervos dos prejudicados, naturalmente, estão a “flor da pele”.
No dia oito de maio, em vários estados da federação, os rodoviários fizeram uma greve de 24 horas. Paralisação numa atividade essencial significa sofrimento demasiado daqueles que lidam diariamente  com as agruras dos atrasos e falta de conforto dos ônibus, na maioria, sucateados. As consequências foram desastrosas. Só no Rio de Janeiro 531 ônibus foram depredados. Outra aberração que vem acontecendo com frequência são os assaltos a caminhões de carga e transporte de valores. Somem-se a isso os roubos a agências bancárias, com detonação de possantes petardos. Nos dias oito e nove de maio, muito recentemente, as agências do Banco do Brasil das cidades de Morada Nova de Minas, Itaúna e Abaeté, em Minas Gerais, foram arrombadas com utilização de explosivos. Quantas outras cidades interioranas já experimentaram esta triste experiência! Está aí uma pequena mostra de um clima de calamidade pública. E isso, às vésperas da tão esperada Copa do Mundo de Futebol, que sofre fortes contestações! 
Misticidade: Os fatos atinentes a uma causa de tamanha responsabilidade quanto ao objetivo a que se destina, aconteceram num clima místico. Para evitar dúbias interpretações ou até mesmo que caíssem no esquecimento, passei a anotá-los e registrá-los em livros. Os fatos que serão relatados foram transcritos desses livros. Como já constam deste Blog, nos primeiros artigos, iremos transcrevê-los dos mesmos, colocando no final da transcrição, o número e o mês do artigo, entre parêntese, para eventuais consultas. Vejamos inicialmente como tudo se iniciou: 
O presente relato diz respeito ao que vivenciamos como agente passivo. O fato pegou-me tão despreparado que, ao transcrevê-lo, pergunto ao leitor: Qual seria a sua posição diante do que veio a acontecer? Particularmente, não encontrei outra saída. Pelo contrário, este fato despertou-me um sentimento de uma nova visão de vida.
No ano de 1978, a convite de um amigo, Clidenor Gomes, fui conhecer o Vale do Amanhecer. Após participar de vários trabalhos, interessei-me em conhecer a “Tia Neiva”, fundadora da Ordem. Dirigimo-nos até a “Casa Grande”, sua residência. Lá, fomos informados de que a “Tia Neiva” já estava no Templo. Para lá nos dirigimos. O que presenciei naquela noite foi o início de uma tarefa missionária que iria se desenvolver em décadas, com fatos comprovados e registrados em livros. Iniciaremos comentando sobre este episódio: Já no Templo, fui surpreendido por um fato descomunal. Sem possibilidade de conhecê-la pessoalmente, pois havia uma fila enorme, decidimos voltar outro dia.  Já estávamos prestes a deixar aquele recinto, quando a “Tia Neiva” ordena a um de seus auxiliares, de nome Alencar, para que conduzisse certa pessoa até a sua presença, pois precisava falar com ela com urgência. Tendo em vista a grande aglomeração no local, difícil até mesmo de deslocar-se, o Alencar colocava a mão sobre o ombro das pessoas e aguardava o aceno, indicativo daquele com quem Tia Neiva desejava falar. Foi com espanto e surpresa que recebi aquele impacto: a pessoa era eu.  Numa fila enorme eu seria o primeiro a ser atendido.
A seguir, transcrições de alguns trechos. Eis o que se passou:
 “O que é que te aflige meu filho? Tentei explicar a ela que tinha um problema na mão, quando escrevia. Mal comecei a falar fui interrompido. Mais ou menos assim ela se expressou: “Não é nada disso. Você é um missionário e está falhando. Veio para escrever uns livros para o Brasil, numa época de muita confusão, violência e miséria. Época difícil e de grandes transformações. Você tem muita responsabilidade com o futuro do País. Você não tem o direito de falhar. Você já começou a tarefa e a abandonou. Nem mais se lembra dela. Quando chegar em casa vá procurar, na segunda  gaveta de uma escrivaninha onde a sua mulher passa roupa, o que você já começou. Depois volte aqui para eu te orientar. São dezoito páginas datilografadas. Pode ir e não deixe de voltar.
         ... “Quando cheguei em casa, por volta de uma hora, fui instintivamente na segunda gaveta da tal escrivaninha e dela retirei uma pasta de papelão, onde estavam guardados muitos papéis velhos, desses que ficam esquecidos e sem nenhuma razão de permanecerem guardados. Ali se encontrava o que a “Tia Neiva” havia anunciado. Em dezoito páginas de “papel jornal”, já rotos e amarelados pelo tempo, eu tinha desenvolvido um trabalho sobre assistência social, que fizera quando cursava a Academia de Polícia de Minas Gerais, em Belo Horizonte, no ano de 1968. Tratava-se, inicialmente, de uma tarefa acadêmica com duas páginas, que fazia parte de um trabalho coletivo, onde cada aluno ficara encarregado de escrever sobre determinado assunto. Resolvi, mais tarde, desenvolver o tema naquilo que havia pesquisado. Não identifico nenhuma razão, a não ser por obra do destino, em ter tido aquele procedimento e, muito menos, tê-lo guardado. Lembro-me apenas que um colega, ao ver o rascunho, prontificou-se a datilografá-lo, dizendo-me: “isso dá livro!”.  E nunca mais me lembrei de tal fato. ( 5ª Comunicação, mês de março de 2013). 

            Ali se iniciou uma longa jornada de fatos que não podem ser vistos apenas sobre o ponto de vista racional. É algo mais do que isso. São fatos reais num campo místico.  No próximo artigo avançaremos um pouco mais.    

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